"Quando a filosofia pinta cinza sobre o grisalho,
uma forma de vida já envelheceu e, com o cinza
uma forma de vida já envelheceu e, com o cinza
sobre cinza não se pode rejuvenescer, apenas reconhecer;
A coruja de Minerva alça seu vôo
somente com o início do crepúsculo."
somente com o início do crepúsculo."
O título deste blog é " A Linguagem Move o Mundo" , sendo assim, nos dá a chance de viajarmos em diversos mundos. O mundo que anseio visitar nesta postagem, é o mundo da Mitologia Grega. Portanto, vamos conhecer o trabalho da Professora de Filosofia e Mitologia Greco-Romana, Luciene Félix.
"As
aves, por serem consideradas os seres mais próximos dos deuses,
foram, conforme suas características e atribuições, associadas a
eles. A soberana águia acompanhava o poderoso Zeus, o imponente
pavão, sua consorte e protetora dos amores legítimos: a deusa Hera.
À atenta coruja coube a companhia da sábia Athena.
Vemos
a imagem da coruja, símbolo de uma vigilância constantemente
alerta, nas mais antigas moedas atenienses. A coruja, em grego gláuks
“brilhante, cintilante”, enxerga nas trevas. Um dos epítetos de
Athena é “a de olhos gláucos” (esverdeados).
Em
latim é Noctua, “ave da noite”. Noturna, relacionada com a lua,
a coruja incorpora o oposto solar. Observem que Atena é irmã de
Apollo (Sol). É símbolo da reflexão, do conhecimento racional
aliado ao intuitivo que permite dominar as trevas. Apesar de haver
uma forte associação desta ave à escuridão e a sentimentos
tenebrosos, o que é natural a um ser noturno, o fato de ela ter sido
(devido a suas específicas características) atribuída à deusa
Athena também a tornou símbolo do conhecimento e da sabedoria para
muitos povos.
A
coruja é uma excelente conhecedora dos segredos da noite. Enquanto
os homens dormem, ela fica acordada, de olhos arregalados, banhada
pelos raios da sua inspiradora Lua. Vigiando os cemitérios ou atenta
aos cochichos no breu, essa ambaixadora das trevas sabe tudo o que se
passa, tendo-se tornado em muitas culturas uma profunda e poderosa
conhecedora do oculto.
Havia
uma antiga tradição segundo a qual quem como carne de coruja
participa de seus poderes divinatórios, de seus dons de previsão e
presciência. A coruja tornou-se assim atributo tradicional dos
mânteis, daqueles que praticam a mântica, a arte do divinatio, da
adivinhação, simbolizando-lhes o dom da clarividência.
Eis
a ave da deusa da Sabedoria e da Justiça: atenta coruja, cujo
pescoço gira 360º, possuidora de olhos luminosos que, como Zeus,
enxergam “O todo”. Devido a todos esses atributos, a Coruja
simboliza também a Filosofia, os Professores.
Na
introdução de sua obra Filosofia do Direito, o Filósofo alemão
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1830), escreve o seguinte.
Quando
a filosofia pinta cinza sobre o grisalho,
uma forma de vida já envelheceu e, com o cinza
uma forma de vida já envelheceu e, com o cinza
sobre
cinza não se pode rejuvenescer, apenas reconhecer;
A
coruja de Minerva alça seu vôo
somente com o início do crepúsculo."
somente com o início do crepúsculo."
(Escola
de Direito Constitucional -SP)
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